quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Grande noite de autógrafos

É amanhã às 19:30. Grande noite de autógrafos na Megastore da Saraiva no Shopping Iguatemi.

O livro independente que tem conquistado muitos corações.

Convido todos os amigos para prestigiar meu trabalho.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Noite de autógrafos na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi

Dia 28/11 às 19:00 estarei autografando o meu primeiro livro na loja da Saraiva no Shopping Iguatemi em Porto Alegre. Convido todos os amigos para prestigiar meu trabalho.



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Sinopse do livro

Eduardo é a lembrança de um coração atormentado um ser que tem um sério problema neurológico que não permite com que ele discirna entre o que é real e imaginário.

Quando criança ele ganha de seu pai um aviãozinho. Sem saber ele acabava de desencadear

uma sucessão de acontecimentos que faria anos mais tarde cruzarem com o caminho do nosso personagem.

Pode um coração carregar consigo lembranças de outra vida?


DUAS PESSOAS, DOIS MUNDOS E UM SÓ CORAÇÃO E NO MEIO DE TUDO ISSO
UM GRANDE AMOR. O QUE PARECE O FIM DE TUDO É APENAS O COMEÇO.

Tarde de autógrafos



domingo, 15 de junho de 2014

Capa do livro

Capa do Livro Eduardo Decide Nascer Novamente.

O que é a vida? Senão uma névoa que parece dançar na imensidão do cosmo.
Eduardo nasce do caos, da confusão e de muitas perdas.
Você acredita que um coração possa carregar memórias vividas?
Nosso personagem não apenas acredita, ele vivencia tal experiência.

Daqui a 60 dias seu coração baterá mais forte enquanto você lê essa linda história.


Um forte abraço a todos os amigos!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Para os meus leitores mais um pouquinho de Eduardo.

Não sei se foi neste dia que nasci novamente ou foi quando a verdade de mim mesmo refletiu-se diante de mim, apenas me lembro de ter vagado por vários dias, meus pés doíam, minha boca estava seca, meu rosto coberto de pelos, e meu estômago roncava de fome.




domingo, 27 de abril de 2014

O Encontro

- Sei que está intrigado, se perguntando o por quê de duas pessoas estarem morando neste enorme prado, parece tudo muito triste, mas não foi sempre assim, papai conta que seu pai chegou nesta terra fugindo da Alemanha que sofria ataques constantes na Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Encontro

Após o almoço fomos descansar e conversar embaixo de uma enorme figueira que ficava ao lado de sua casa, em volta da figueira havia outra mesa igual a que estava na varanda, deveriam ter sido compradas no mesmo lugar, fiquei um pouco intrigado com dois balanços que estavam pendurados na figueira, acabamos sentando nestes balanços, de onde estávamos podíamos observar seu Alfredo que agora parecia estar dormindo ou seria apenas seus pequenos olhinhos que de longe nos dava a impressão de estar fechado.

sábado, 19 de abril de 2014

O Encontro

Quando acabou de servir a comida à mesa, chamou-me, ainda posso sentir o gosto daquela comida, ela se saia muito bem na cozinha, ríamos muito se lembrando de Catarina e de seu jeitão, nossas risadas só eram cortadas quando seu pai tossia.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O Encontro

Enquanto saboreava um bom vinho, Queli começava a preparar o almoço. Havíamos tirado seu pai da cama e o colocado na poltrona em frente a casa, fiquei quieto e tentei falar o mínimo possível, pois não queria ouvir aquela tosse, era algo que me causava uma agonia, tudo era confuso para mim, duas pessoas encravadas num enorme prado, sem crianças, nem rebanhos, coisa que é normal em cada fazenda do interior. 


domingo, 13 de abril de 2014

O Encontro

Ela me convidou para entrar, iria me apresentar seu pai, eu esperava encontrar muitas crianças uma enorme casa como aquela deveria estar cheia de gente, mas não, na casa só havia duas pessoas, Queli e seu pai.
Seu Alfredo era um homem pequeno, com uma aparência de um morto vivo, estava deitado e pouco nos falamos, pois a cada tentativa éramos interrompidos por uma tosse seca que fazia com que o velho perdesse as forças, em seus olhos não havia o brilho de vida, percebi que ele morria lentamente.
                    homenagem a minha terra natal Taquari .Foto cedida por : Mauro Martins

terça-feira, 8 de abril de 2014

O Encontro

Confesso que me espantei com o tamanho da casa, era algo exagerado, não estava num estado de conservação ideal, mas nada que uma pintura não resolvesse, havia uma enorme varanda que tomava conta de toda à frente da casa, tinha uma rede na varanda e duas poltronas velhas, deduzi que se datava do século passado, vi também uma enorme mesa, toda em madeira, sua espessura deveria ser de algumas polegadas.
                                 Praça em Alphaville São Paulo

sábado, 5 de abril de 2014

O Encontro

Já estava rodando há uns cinquenta minutos por um prado que parecia não ter fim, por um momento pensei em retornar para casa e convencer-me de que tudo isso foi apenas um sonho, mas o cheiro de terra me trouxe a realidade. Olhei bem para ter certeza se era Queli acenando-me, sua casa ficava um quilômetro da estrada, fiquei intrigado por ter viajado por cerca de cinquenta minutos e não ter avistado uma casa sequer, havia algo errado, um prado tão grande e uma única casa.
Praia De Jauá Bahia

domingo, 30 de março de 2014

O Baile

Ela havia me hipnotizado e quanto mais me contava a respeito de sua vida mais queria saber e assim foi toda aquela noite, não percebi, mas estava amanhecendo e as pessoas já haviam ido embora e eu ali programando uma visita há casa dela no próximo fim de semana.
Ficaria mais uma semana para conhecer aquela garota melhor, contar-lhe-ia meus planos, ela certamente apoiar-me-ia e por fim a convenceria a partir comigo e juntos formaríamos uma linda família, nossos filhos estudariam em colégios grandes e modernos, iríamos nos divertir muito e nossa vida não seria pacata e com dias iguais.

Homenagem à Curitiba

segunda-feira, 24 de março de 2014

O Baile

Lembro até hoje da música que tocava e enquanto a ouvia meu mundo parecia transformar-se e de repente quis saber mais sobre aquela garota, tudo a minha volta parou já não pensava na segunda-feira quando partiria para a capital.

domingo, 23 de março de 2014

O Baile

Quando estou pronto para me retirar do baile, Catarina me apresenta uma garota; Catarina era uma solteirona que gostava de arrumar casamento, mas para os outros, isso lhe dava um prazer e uma excitação enorme, a maior parte dos casamentos naquela região tiveram uma forcinha dela e provavelmente Santo Antônio a havia recrutado. Ali estava diante dos meus olhos uma garota que transformaria minha vida, roubaria meus planos e os jogaria no mar do esquecimento, era Queli com seus olhos azuis e seus cabelos cacheados, não tinha mais que um metro e sessenta de altura, possuía um sorriso que fez meu coração parar por um segundo e quando me vi  estava convidando-a para dançar.



sábado, 22 de março de 2014

O Baile

Comecei contando meus planos para meu amigo Éder, falei dos meus objetivos e pude ver nos seus olhos um espanto, aquilo parecia para ele algo muito perigoso e por várias vezes naquela noite tentou me convencer a desistir, mas nada me faria desistir e assim foi durante as primeiras horas de baile, por fim todos estavam a minha volta como eu havia imaginado um bando de covardes me reprovando e me colocando medo, mas nada tirava da minha mente que na segunda–feira pegaria o primeiro ônibus e começaria uma vida nova.
Entretanto aquela noite me reservava uma surpresa, outra vez a vida colocando diante de mim, um obstáculo e me fazendo decidir só que desta vez ela acertou de cheio meu coração.

quarta-feira, 19 de março de 2014

O Baile

Coloquei minha melhor calça aquela que se ajustava ao meu corpo, uma camisa de botões de cor clara e minhas botas, certamente com aquele traje não ficaria com nenhuma daquelas garotas da capital, mas no interior é diferente, reina nas pessoas uma simplicidade e um desdém com o que se veste, desde que não seja extravagante como aquelas roupas que se vê nos desfiles de moda na tv.
Quando cheguei no salão lá estava a turma do colégio, seria muito fácil,  embora triste despedir-me deles, e assim comecei minha via crúcis.
                                Imagem Cedida Por Adriano Brito


terça-feira, 18 de março de 2014

O Baile

Deixei um troco para ir ao baile naquela noite, seria minha despedida, sentia-me melhor assim, pois sabia que os poucos jovens que ali viviam estariam lá. Esses bailes eram o único divertimento naquele pedaço de fim de mundo e isso fez aumentar minha vontade de ir embora. Não precisaria me despedir de um por um o que me aliviaria a alma, seria muito doloroso despedir-me de pessoas que fizeram parte da minha infância.


segunda-feira, 17 de março de 2014

Conflitos De Realidade

Separei todo o dinheiro obtido na venda do gado, seria o suficiente para iniciar minha nova vida na capital, na semana seguinte alugaria um apartamento, ingressaria na universidade e arrumaria um emprego em algum escritório e nos finais de semana me jogaria aos prazeres da vida num grande centro urbano.
                            
Copacabana Rio De Janeiro

domingo, 16 de março de 2014

Conflitos De Realidade

Naquela semana passei horas e horas tentando convencê-lo a vender nosso gado e ir para a capital até que no final da semana obtive uma resposta.
-Acharei alguém que compre seu gado, mas já lhe aviso que só irei lhe pagar 40 cabeças, pois é  a coisa mais  justa. Não podia lhe dizer nada, sabia o quanto ele se esforçava para cuidar daquele gado, enquanto o que eu fazia era viajar em pensamento pelo mundo.
Estava tudo certo, meu irmão venderia o gado naquele fim de semana e na semana seguinte eu pegaria o primeiro ônibus para a capital, mas a vida tem seus planos e nem sempre estes planos coincidem com os nossos planos, muitas vezes egoístas.

Imagem Cedida Por Diego De Oliveira

sábado, 15 de março de 2014

Conflitos De Realidade

Quando cheguei à fazenda contei tudo ao meu irmão que ficou espantado com tanta novidade, tentei convencê-lo a vender nossas cabeças de gado e ir morar na capital, mas meu irmão era enraizado naquela terra e jamais a deixaria por nem uma aventura, confesso que o admirava, mas ao mesmo tempo sentia um pouco de pena, pois não conhecia nada além de vacas e bois, sua vida girava em torno dos animais, desde cedo com a retirada do leite até ao anoitecer onde reunia todo o gado no potreiro.
                              Imagem Cedida Por: Aline Führ

sexta-feira, 14 de março de 2014

Conflitos De Realidade

Lembrei-me de como era diferente, acostumado com uma vida pacata deparei-me com um outro mundo feito de grande movimento. Meu primo Toni fez aumentar em mim o desejo de me mudar para ali, quando me levou a um shopping center , fiquei maravilhado e estava determinado a largar tudo para vir morar na capital.
Na viagem de volta, minha mente fervilhava com todas aquelas imagens e quando tentava retirá-las da minha mente sentia-me vazio.

quinta-feira, 13 de março de 2014

O Inicio Dos Devaneios I

Estava determinado, naquela manhã mostraria para Queli que eu poderia cultivar aquele prado, embora algo me entristecesse, não conseguia entender porque o meu peito doía tanto, pensei em procurar um médico, mas sabia que não era dor física e provavelmente ele me receitaria um antidepressivo.
Enquanto esperava para ser atendido no caixa da cooperativa, minha mente vagava em lembranças, estava pronto a assinar papéis e provavelmente em menos de um mês estaria lavrada toda a terra e mais uns meses estaria colhendo minha primeira safra, neste momento a dor aumentou e comecei a lembrar da viagem que fiz do interior até a capital.



quarta-feira, 12 de março de 2014

O Inicio Dos Devaneios I

Certa manhã de inverno, entrei em minha camionete que havia comprado após vender algumas cabeças de gado. Era uma criação minha e de meu irmão, não posso dizer para vocês que ajudei na criação, lembro apenas de ir até a cooperativa comprar as vacinas,tínhamos aproximadamente umas 100 cabeças, e quando foi para repartir tive que me contentar com 40, pois meu irmão insistia constantemente que era a coisa mais justa, pois foram poucas as vezes que me dediquei ao trabalho braçal e a alimentação dos animais.

terça-feira, 11 de março de 2014

O Inicio Dos Devaneios I

Dia após dia, e a desculpa era a mesma:
-Não temos dinheiro para comprar os tratores necessários para lavrar esta terra.
- O adubo está muito caro.
- Há dias não chove.
- O inverno está muito intenso.
Não sei, mas o olhar do meu amor não era mais o mesmo, senti que algo a perturbava e quando tentava descobrir o que á estava deixando tão triste ela simplesmente sorria e dizia:
- Não é nada querido, não ando me sentindo bem ultimamente e logo abria um largo sorriso que faziam com que seus olhos pequenos se abrissem como o despertar de um leve sono, isso me deixava mais tranquilo e menos culpado, minha intenção não era fazê-la sofrer.

segunda-feira, 10 de março de 2014

O Inicio Dos Devaneios I

Assim que casamos fomos morar na fazenda que ela havia herdado, após a morte de seu pai. Quando me disse que iríamos morar naquele prado a perder de vista, senti a primeira ponta de tristeza em minha alma, ela passava horas tentando me convencer que sentia a presença do pai, que lhe falava em espírito, que um dia as pessoas no mundo necessitariam de muita comida, para aplacar a fome e que aquelas terras eram muito férteis e produtivas e se tornariam um dia o celeiro do mundo.
Para mim isso era complicado, primeiro não acreditava que ela ouvia a voz do pai, mas nunca lhe disse, pois sabia que isso a deixaria muito triste e essa não era minha intenção.

domingo, 9 de março de 2014

O Inicio Dos Devaneios I

O INICIO DOS DEVANEIOS I
Acredito que o dia mais feliz da minha vida foi o dia que conheci Queli, minha linda Queli, com seus olhos pequenos e azuis, seus cabelos loiros e cacheados e um brilho no olhar que só vi no rosto de minha pequena Sacha.
Foi numa noite fria onde tudo parecia perfeito, não se ouvia nem o barulho dos grilos, apenas o coração da minha amada que batia fortemente. Entre os seus lábios eu pude ouvir á palavra sim, sim para uma nova fase de minha vida, me uni a ela num amor sem igual.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Um novo começo

Ainda hoje me lembro de Eduardo e meu coração acelera, um filme passa em minha mente, como queria que ele estivesse aqui para ver tudo o que consegui, gostaria de mostrar as grandes colheitadeiras uma ao lado da outra colhendo uma grande safra de soja, levá-lo-ia para tomar um copo de leite tirado na hora, sei que ele se sentiria feliz.
Por que temos que chegar ao fundo do poço? Por que temos que sofrer tanto para finalmente aprender o que a vida está cansada de ensinar? 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Um novo começo

Minha Sacha jamais ouvirá minhas lamentações e terá muito orgulho de mim e quando eu estiver velho ela contará a seus filhos o quanto seu avô foi corajoso diante da vida, mostrará fotos do grande prado coberto de alimentos e assim serei lembrado não como um homem derrotado, mas um homem que lutou e batalhou todos os dias de sua vida por algo que amava.

terça-feira, 4 de março de 2014

Um novo Começo

Hoje quando vejo os campos floridos tenho vontade de ser um beija-flor, para provar o néctar de cada pétala, olho de longe o prado que se estende a perder de vista, com uma pluma verde que me encanta, sei que tenho que produzir para que outros possam viver.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Um novo começo

Hoje quando me lembro de Sacha as lágrimas molham o meu rosto, como pude ser tão covarde, o que ela diria de mim mais tarde, provavelmente vergonha e desprezo por minha estupidez e falta de amor próprio.